Angola dispõe de matérias-primas
agrícolas que podem contribuir para a entrada de divisas no
país. Café, algodão, sisal e açúcar, entre outros,
constituem um potencial por explorar.
A agricultura é ainda, de facto, a base
económica do país, mas a indústria deve constituir-se no
pulmão do desenvolvimento e da viragem económica de Angola -
cujas potencialidades em recursos naturais não são ainda
completamente conhecidas.
Entre 60 e 75% da população angolana
depende da agricultura para a sua sobrevivência. O Guia da
Associação Industrial Portuguesa (AIP) refere, no entanto,
que as quebras de produção agrícola têm sido generalizadas.
Estima-se que a produção agrícola, em 1990, tenha decrescido
3% em relação a 1989. No domínio florestal, Angola tem
importantes recursos, particularmente de ébano, sândalo e
pau-rosa, havendo também plantações de eucaliptos e
pinheiro.
Actualmente a maioria da produção de
madeira é para consumo interno. A grande dificuldade no
desenvolvimento da agricultura, neste momento, tem a ver com
o excesso de minas colocadas no solo durante a guerra,
particularmente depois de 1992, com o reacender do conflito,
na sequência da rejeição pela UNITA dos resultados
eleitorais.
Estima-se que em Angola, com dez milhões
de habitantes tenham sido colocadas 15 milhões de minas em
terreno cultivável.