MOTIVOS DO ECOTURISMO EM ANGOLA

Angola  é  um  país  com  imensos  recursos  que  constituem  motivos  de  atracção  do  turismo ecológico. Acredita-se mesmo  que a nossa informação  deve enaltecer  mais  a beleza  natural do país para que sirva de estímulo ao futuro desenvolvimento do turismo.

Não  temos  a  intenção  de  esgotarmos  aqui  o  capital   ecoturístico   de   Angola,   tão   grande   quanto   a diversidade  da  sua  fauna  e  flora,  das  suas  praias ,  das  suas  montanhas, dos seus rios, etc., etc. Tão somente  gostaríamos  de prender a Vossa  atenção  para  o potencial  dos Parques  e Reservas de Angola que,  logo  que  a  situação  conheça  melhoria  poderão  ser  uma grande aposta para dar mais empregos, gerar  divisas  e  garantir  momentos de lazer, de contemplação e encontro com a natureza tão necessários para todos nós.

Angola  possui  um  total  de  37  áreas  protegidas  que  têm  o   nome  Parque   Nacional, Parque Nacional Regional,  Reserva  Regional,  Reserva  Florestal,  Reserva  Natural  integral, Reserva parcial e Coutada. As áreas que referimos cobrem 188.650 Km2 o que corresponde a 15.1% do território Nacional.

Contudo  importa  referir  que  destas  só  13  são  zonas  de protecção integral da natureza cerca de 82.000 Km2,  ou  seja,  6.6% da  superfície de  Angola,  sendo  6  Parques  Nacionais,  1  Parque  Natural Regional, 2 Reservas Naturais integrais e 4 Reservas Parciais.   DISCRIMINANDO TEMOS:



I. PARQUES NACIONAIS

1) PARQUE NACIONAL DA QUISSAMA / BENGO

. Estabelecido como Reserva de Caça em 16-4-1938
. Elevado a condição de Parque Nacional em 11-4-1957
. Área: 9600 km2.
. Limites geográficos 9 09’ a 10 23’ de latitude Sul, 13 09’ a 14 08’ de longitude este

Limites Naturais:
. Norte: Rio Cuanza desde a sua foz até à Muxima.
. Sul: Rio Longa entre a foz e a estrada Mumbondo Capolo.
. Oeste: Pela linha da costa entre a foz dos rios Cuanza e Longa.
. Leste: Estrada que vai da Muxima, Demba-Chio, Mumbondo e Capolo até ao rio Longa.

Fauna de especial importância: Manatim, Palanca Vermelha, Talapoim, Tertarugas marinhas.

2) PARQUE NACIONAL DE CANGANDALA / MALANGE

. Estabelecido como Reserva Natural Integral em 25-5-1963
. Elevado a condição de Parque Nacional em 25-6-1970
. Área: 600 Km2
. Limites Geográficos: 9 09’ a 10 02’ de latitude Sul, 16 34’ 16 52’ longitude este

Limites Naturais:
. Norte e Nordeste: Rios Camifundi, Cuije Caculo
. Sul: Rios Maubi, Candua e Camifundi
. Leste e Sudueste:  Rio  Calulo e Cuije; Dumba Kicala; Picada Calamungia;  Dumba Kicala; Maubi Calongo até aos rios Cuque e Lussa.
Fauna de especial importância: Palanca preta gigante.

3) PARQUE NACIONAL DO BICUAR / HUILA
. Estabelecido como Reserva de Caça em 16-4-1938
. Elevado a condição de Parque Nacional em 26-12-1964
. Área: 7900 Km2
. Limites Geográficos: 14 55’ a 15 36’ de latitude Sul, 14 14’ a 15 19’ de longitude este
Limites Naturais:
. Norte: Uma picada que começa na Mulola Lumenha passa por Mulola Chipula, Mulola do Mucope Pahapa, Mungaia até Mulola Mungarrafa e Mulola Cachila.
. Sul: Estrada Chibemba dos Gambos- Mulundo, rio Cunene até Onguenha.
. Oeste: Parte norte de Chimbolelo, Ongolola-Cuoco até Mulondo-Chibemba.
. Leste: Rio Cunene até a foz da Mulola Lumenha.
Fauna de especial importância: Búfalo negro.

4) PARQUE NACIONAL DOIONA / NAMIBE
. Estabelecido como Parque Nacional de caça em 2-10-1937
. Passou a designar-se Parque Nacional em 26-12-1964
. Área: 15150 Km2.
. Limites Geográficos:
15 44’ a 17 16’ de Latitude Sul
11 44’ a 13 14’ de Longitude Este.

Limites Naturais:
. Norte: Rio Curoca.
. Sul: Rio Cunene.
. Oeste: Rio Cunene e Curoca.
. Leste: Rio dos elefantes.

Fauna de especial importãncia: Zebra da montanha, guelenge.

5) PARQUE NACIONAL DA KAMEIA / MOXICO
. Estabelecido como reserva de caça em 6-4-1935.
. Elevado a condição de Parque Nacional em 11-12-1957.
. Área: 14450 Km2.
. Limites Geográficos
11 17’ a 12 30’ de Latitude Sul.
20 45’ a 22 36’ de longitude Este.

Limites Naturais:
. Norte: Rio Calanga até Cassinga.
. Sul: Picada que vai do posto Zootécnico do Cafu ao Evale.
. Oeste: Rios Cunene e Calenga.
. Leste: Estrada de Evale e Cassinga.
Fauna de especial importância: Girafa, Caama.
















































II. PARQUE NACIONAL REGIONAL

1) PARQUE NACIONAL REGIONAL DE CIMALA-VERA / BENGUELA
Estabelecido como Reserva Especial em 5-6-1971.
Elevado a condição de Parque Nacional Regional em 15-4-1974.
. Área: 150 Km2
Limites Geográficos:
15 44’ a 12 16’ de Latitude Sul.
11 44’ de Longitude Sul.
Limites Naturais:
. Norte:  Estrada  que  vai  da  Fazenda  Santa  Teresa  passa  por   picando   de   chipupa,   rio   Marimbondo até à estrada de Canguengue e Chipupa.
. Leste:  Estrada  Canguengue-Chipupa  sudoeste de Morro Techima até às coordenadas 13 08 55 E, 13 19 54 S.
. Sul e Oeste:  Linha quebrada de definida pelos lugares de coordenadas 13 08 55 E,  13 51 54 S,  13 08 55 E,  13 19 54 S, 13 05 44 E, 13 50 42 S.
Fauna de especial importância: Cabra de Leque.



III. RESERVAS NATURAIS INTEGRAIS

1) RESERVA NATURAL INTEGRALDO LUANDA LUANDO / MALANGE E BIÉ

Estabelecido como reserva de caça em 16-4-1938.
Elevado a condição de Reserva Natural Integral em 11-12-1957.
. Área: 8.280 Km2
.Limites Geográficos:
10 14’ a 11 c56’ de latitude Sul.
16 26’ a 18 04’ de longitude Este.

Limites Naturais:
. Norte e Leste: Rio Luando até ao limite sul da Província de Malange.
. Sul: limite da Província de Malange entre os rios Cuanza e Luando.
. Oeste: Rio Cuanza até ao rio Luando.
Fauna de especial importância: Palanca Preta Gigante, Statunga Puko, Songue.

2)RESERVA NATURAL INTEGRAL DO ILHÉU DOS PÁSSAROS / LUANDA

Estabelecido como Reserva Natural Integral em 21-12-1973.
. Área: 1,7 Km2.
Limites Geográficos:
8 55 45’ a 8 56 23’ de latitude Sul:
13 08 01’ a 13 08 42’ de longitude Este.
Limites Naturais:
. Norte: com a faixa marítima dos 80 metros desde o marco 1 do foral de 1966 até à ponta do Caluca.
. Oeste: Com a faixa marítima desde a ponta de Caluca até à foz do rio Mondo, o seu curso até à sua intersecção com a estrada E.N. Benguela e Namibe.
. Nordeste: Limites do farol de 1966 definido por uma linha por uma quebrada que mede os marcos farol 5, 4, 3, 2 e 1.
. Sul: A berma norte da mesma estrada Km 11.590, marcos 5 do farol de 1966, berma da estrada E.N.6 Benguela – linha recta que vai daqui ao marco5 do farol de 1966.
Fauna de especial importância: diversas aves migratórias, palmípedes e pernaltas.

















IV. RESERVAS PARCIAIS

1) RESERVA PARCIAL DE LUIANA (no Cuando-Cubango) Estabelecido como Reserva Parcial em17-09-1966.
. Área: 8.400 Km2.
.Limites Geográficos:
16 11’ a 17 53’ de latitude Sul.
22 10’ a 23 26’ de longitude Este.
Limites Naturais:
. Norte: Picada que vai de Bambangando, Simbundo, Chitangua, Cata até marco 17.
. Leste: Linha de Fronteira com a Zâmbia do marco 17 até das 3 fronteiras.
. Oeste: Linha recta da Bambangando até marco 10.
. Sul: Linha da fronteira com a Namíbia do marco 10 até ao marco das 3 fronteiras.

2) Reserva Parcial do Búfalo / Benguela.
Estabelecido como Reserva Parcial em 5-4-1974.
. Área: 400 Km2.
Limites Geográficos:
12 42’ a 12 55’ de latitude Sul.
12 37’ a 13 58’ de longitude Este.
Limites Naturais:
. Norte: Rio Benguel, Mungua e terrenos demarcados por Carlos da Sila.
. Sul: Rio Caibambo, terrenos concedidos provisoriamente a Alberto Manuel, terrenos demarcados por Palmira Marques, Terrenos concedidos provisoriamente Maria Henrique, terrenos vagos e terrenos demarcados provisoriamente por Maria Adelaide, terrenos concedidos definitivamente a Carlos da Silva, terrenso demarcados provisoriamente por agrícolas portelas S.A.R .L.
. Oeste: Rios Cavado e Catengue.
Fauna de especial importância: Búfalo Preto.

3) Reserva Parcial de Namibe / Namibe

Estabelecimento como Reserva Parcial por período limitado até 31-12-1959, pelo Diploma Legislativo de 12-06-1957.
Desanexado 290 Km2 arredor da Cidade do Namibe em 23-07-1973.
. Área: 4.450 Km2.
Limites Geográficos:
15 09’ a 16 16’ de latitude Sul.
12 01’ a 12 44’ de longitude Este.
Limites Naturais:
. Norte: Rios Bero e Cubel até ao rio Muol.
. Leste: Rios Atchinque de Fingue até ao rio Curoca.
. Oeste: Linha da costa entre a foz dos rios Bero e Curoca.
Fauna de especial importância: Zebra da Montanha, Rinoceronte Preto, Guelengue, Avestruz.

4) Reserva Parcial de Mavinga / Cuando Cubango

Estabelecido com Reserva Parcial em 17-09-1966
. Área: 5.950 Km2.
Limites Geográficos:
15 09’ a 19 57’ de latitude Sul.
20 24’ a 21 30’ de longitude Este.
Limites Naturais:
. Norte: Picada Chondela até ao rio Dima.
. Leste: Linha da fronteira com Zâmbia de Chondela e Neriquinha.
Fauna de especial importância: Rinoceronte Preto, Palanca Preta Vulgar, Kaku, Avestruz.























V. RESERVAS FLORESTAIS.

1) Reserva Folrestal do Kakongo (Maiombe) / Cabinda
. Área: 650 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 12 15 com paralelo 4 20.
. Limites:
. Norte: Fronteira com o Congo.
. Leste: Rio Luali.
. Oeste: Rio Inhuca.
. Sul: Confluência do rio Inhuca com o rio Luali.
. Tipos de vegetação: Floresta húmida de nevoeiros , semervirente, proliestrata de baixa altitude, guineense: julbernardia, Gilbertiodendron Tetraberlinia, Libreviliea, etc., (floresta muito rica). Floresta húmida semideecidua, poliestrata de baixa altitude periguineese: Gossweilero Dendron, Oxvstigma, etc.

2) RESERVA FLORESTAL DO BEU / UÍGE
. Área: 1400 Km2.
. Localização Geográfica: Junto do meridiano 15 30 com o paralelo 600.
. Limites:
. Norte: Fronteira com o Zaire.
. Oeste: Rio Teu.
. Sul: Comuna do Beu.
. Tipos de vegetação: Mosaico; floresta densa, ribeirinha muxito, periguineense, em aluvioses, bosques e savan, zambeziaco-guneenses: Marquesia Berlinia, Daniellia, etc.

3) RESERVA FLORESTAL DE CALULAMA / KUANZA-NORTE.
. Área: 800 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 14 10 com o paralelo 900.
. Limites:
. Norte e Oeste: Rio Zenza.
. Leste e Sul: Rio Calucala.
Tipos de Vegetação: Floresta húmida de nevoeiros, semidecudna, poliestrata, guneense zembeziaca, mnesoplnaltica: floresta Cafeeira, secundariazada: Celtis, Albizia, Morus, Ficus etc. Mosaico de beleodos e savanas: Annomba, Combretum, Piliostigma, Andropogon, Hyparrhenia.

4) RESERVA FLORESTAL DO GOLUNDO-ALTO / CUANZA-NORTE.
. Área: 558 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 14 30 com o paralelo 900.
. Limites:
. Norte e Leste: Rio Zenza.
. Oeste: Com a reserva do Calucala.
. Sul: Rio Caculama.
. Tipo de vegetação: Floresta húmida de nevoeiros semi-decidua, polieteata guineense zembenziana, mesoplanaltica: floresta cafeeira, secundarizada: Geltis, Morus, Ficus, Albizia, etc., mosaico floresta seca, predominantemente decuda, digitada, e savana seca de baixa altitude: bomax, pterocarpus, Optoleopsis, Adanania, Heteropogon.

5) RESERVA FLORESTAL DO CAMINHO DE FERRO DE MALANGE / MALANGE
. Área: 200 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 14 30 com o paralelo 1 15.
. Limites:
. Norte: Picada Zenza do Itombe ao Cambondo.
. Oeste: Zenza do Itomba.
. Leste: Picada que sai do Cambondo à estrada do Ndalatando.
. Sul: Linha recta que sai do Zenza do Itombe ao encontro da picada do Cambonda com a estrada de Ndalatando.
. Tipos de vegetação: Mosaico de savana zembenziana e floresta cafeeira: Hiparrhenia, Celtis, Albazia, Morus, Ficus, etc., mosaico de floresta seca, predominantemente decidua, digitada e savana seca de baixa altitude: Bombax, Pteleopsis, Ptercarpus, Adanasia, Heteropogon, h.

6) RESERVA FLORESTAL DE SAMBA-LUCALA / MALANGE
. Área: 400 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 15 30 com o paralelo 8 55.
. Limites:
. Norte: Rio Kionga.
. Oeste: Rio Kionga.
. Sul e Leste: Rio Camuneia.
. Tipo de vegetação: Mosaicos de balcedos e savanas, mesoplanalticas e sublitorais: Annona, Combretum, Piliostigma, Andropon, Hyparrhenia.

7) RESERVA FLORESTAL DO KIBAXI-PIRI / BENGO.
. Área: 200 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 14 30 com o paralelo 8 35.
. Limites:
. Norte e Leste: Rio Loma.
. Sul E Oeste: Rio Ocua.
. Tipos de vegetação: Floresta húmida de nevoeiros semi-decidua, poliestrata, guineense-zembeziaca, mesoplastica: Celtis, Albiza, Morus, Ficus, etc.

8) RESERVA FLORESTAL DE KIBINDA / BENGO
. Área: 100 Km2.
. Localização geográfica: Junção com o meridiano 14 75 com o paralelo 7 75.
. Limites:
. Norte: Picada que vai de nova Caipemba ao Kitexe.
. Leste: Rio Loge.
. Oeste: Rio Vamba.
. Sul: Estrada que vai do Kitexe à aldeia vicosa.
. Tipos de vegetação: Floresta húmida de nevoeiros, semi-decidua, poliestrata guineenze-zambeziaca, mesoplanaltica, floresta cafeeira secundarizada, Celtis Albazia Morus Fiocus, etc. Mosaico de savana zambeziaca: Hyparrhenia.

9) RESERVA FLORESTAL DO KAVONGUE / HUAMBO
. Área: 39 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano ao Kuito-Bié.
. Limites:
. Leste: Picada que vai do Kuito-Bié a Gandavira.
. Sul e Oeste: Estrada que vai do Huambo a Gandavira.
. Tipos de vegetação: Miombo, savanas e Ongate, subnontarios: Julbernardia paniculata, Berchystyergia Spiciformis e Brachystegia SPP. ( B. Floribunda, B. Puberula, B. Tamarindoides, etc.

10) RESERVA FLORESTAL ENTRE O CUBAL E A CATUMBELA / BENGUELA
. Área: 600 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 13 50 com o paralelo 14 20.
. Limites:
. Norte: Kendo e o rio Cavira.
. Leste: Rio Jamba.
. Oeste: Rio Catumbela.
. Sul: Rio Cubal da Hanha.
. Tipos de vegetação. Bosques e savanas de árvores baixas e arbustos: Cochospermum, Terminavia, albizia, Pterocarpus, Combretum, Panicum, Hyparrhynia. Formações estepoides, sublitorais arbustivas e herbosas: Cacaia, Camiphora, Colophospermm, Schmidtidia, Setaria.

11) RESERVA FLORESTAL DO CHONGOROI / BENGUELA
. Área: 650 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 13 50 com o paralelo 13 30.
. Limites:
. Norte e Oeste: Tchialaviavi e os rios Morjombue e Hanja.
. Leste: Rio Chongoroi e a estrada Chongoroi e Cutembo.
. Sul: Linha recta Cutembo até ao rio Hanja.
. Tipos de vegetação: Bosque seco, deciduo e mosaico de savana e estepe: Colosphospermum Mopane, Bosque e savana de árvores baixas, arbustos: Cocholspermum, Terminala, Albizia, Ptercarpus, Combertum, Hyparrhenia, Panicum.

12) RESERVA FLORESTAL DO CATUPE / MOXICO
. Área: 150 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 23 00 com o paralelo 12 50.
. Limites:
. Norte: Rios Lue e Luce.
. Oeste: Rio Lue.
. Leste: Rio Condoge.
. Sul: Rio Lodoge.
. Tipos de vegetação: Miombo mediano ou alto, de 10-25 m com bosque de Brachvstegia Spiciformis Var-Latiliata, Julbernardia Paniculata e b.x. Jongifolia (abundante) e por vezes com povoamentos de Guibourtia, Marquesia ou Cryptcsepalum.

13) RESERVA FLORESTAL DO LUENA / MOXICO
. Área: 1800 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 20 30 com o paralelo 1200.
. Limites:
. Norte: Rio Luena.
. Oeste: Rio Luena.
. Leste: Rio Canage.
. Sul: Estrada que vai do Luena ao rio Cange.
. Tipos de vegetação: Mosaico de savana herbosas ou com arbustos bosques e floresta densa seca: Brachystegia bakerana, Burkea, Pardo dos planaltos arenosos com dranagem deficiente: Loudetia.

14) RESERVA FLORESTAL DO LUCUSSE / MOXICO
. Área: 2450 Km2.
. Localização Geográfica: Junção do meridiano 20 45 com o paralelo 12 40.
. Limites:
. Norte: Rio Luchibe.
. Oeste: Rio Cuelo.
. Leste: Rio Mulondoia.
. Sul: Rio Lunge-Bumgo.
. Tipos de vegetação. Mosaico de savanas herbosas ou com arbustos, bosques e floresta densa seca: Brachystegia bakerana, eurkea Africana, mosaico de savanas, com ou sem árvores e arbustos, e bosques seca semi-deriduos: Baikiaea, Gubourtia, Riconodendron, - Parado dos planaltos arenosos com dranagem dificientes: coudetela, etc.

15) RESERVA FLORESTAL DO CASSAI / MOXICO
.Área: 190 km2.
.Localização Geográfica: Junção do meridiano 19 30 com o paralelo 1200.
.Limites:
.Norte: Rio Cassai.
.Oeste: Rio Lue.
.Sul e Leste: Rio Munhango.
.Tipos de Vegetação: Miombo mediano ou alto de 10-25 m com bosque de Brachystegia spiciformis Var Latifoltata, Julbernardia Paniculata e B-X Longifolia (abundante) e por vezes com povaomento de Guibourita, Marquesia ou Chyrtosepalum – mosaico de savas herbosas com arbustos, bosques e floresta densa seca: Brachystegia, burkea Africana.


16) RESERVA FLORESTAL DO MACONDO / MOXICO
.Área: 750 Km2. .Localização Geográfica: Junção com meridiano 24 00 com o paralelo 12 15.
.Limites:
.Norte e Oeste: Rio Mayinga.
.Leste: Fronteira com a Zambia e os rios Camulele e Muanamouze.
.Sul: Rio Milla.
.Tipos de vegetação: Floresta seca densa, sempervirente: Erytosepalum Exfoliatum Subsp, Pseudotaxus, miombo mediano ou alto de 10-25 m, com bosque de Brachvstegia Spiciforms Var, Latifoliata, Julbernardia Paniculata e B.X. Longifolia (abundante) e, por vezes compovoamento de Guibourtia, Marquesia ou Cryptosepalum, miombo mediano continental: Brachystegia Spiciforms, B. Floribunda, B. (utilis).


17) RESERVA FLORESTAL DO LUISAVO / MOXICO.
.Área: 400 Km2. .Localização Geográfica: Junção com meridiano 23 50 com o paralelo 11 45.
.Limites:
.Norte: Rio Mudilege.
.Leste: Rio Luisavo e fronteira com a Zambia
.Sul e Oeste: Rio Lucaia.
.Tipos de vegetação: Miombo mediano ou alto de 10-25 m, com bosque de Brachvstegia B.X. Longifolia (abundante) e, por vezes com miombo mediano do planalto continental, Brachystegia Spiciforms, B. Floribunda.


.18) RESERVA FLORESTAL DO GUELENGUE E DONGO / HUÍLA.
.Área: 1200 Km2.
.Localização Geográfica: Junção com meridiano 1500 com o paralelo 14 30.
.Limites:
.Norte: Rio Chicusse
.Leste: Rios Chissanda e Cusso.
.Oeste: Rio Cunene
.Sul: Rio Cussava.
.Tipos de vegetação: Miombo, savanas e engate subountanos, Julbernardia Paniculata , Brachystegia Spiciforms e Brachvstegia SPP. (B. Floribunda, B. Puberula, B. Tamarindoides, etc.) Miombo ralo e savana dos dedives mesoplasticos: com abundância de Brachystegia Cossweileri.


19) RESERVA FLORESTAL DA UMPULO / BIÉ.
.Área: 4500 Km2.
.Localização Geográfica: Junção com meridiano 18 00 com o paralelo 13 00
.Limites:
.Norte: Rio Cuine.
.Leste: Rio Chimbandianga.
.Oeste: Rio Cuanza.
.Sul: Rio Chimandianga.
.Tipos de vegetação: Miombo mediano ou alto de 10-25 m, com bosques de Brachystegia Spiciformis Var. Latifoliata, com povoamento de Guibourdia Marquesa ou Cryptosepalum. Ademais temos a considerar as Coutadas Oficiais de Caça, criadas com o fim de fomentar o turismo. Com a superfície total de 87.640 Km2 são os seguintes:

a) Coutada do Ambriz / Bengo.
.Área: 3240 Km2.
.Criada em 27-08-1958.
. Limites:
.Norte: Estrada do Ambriz e Bembe, rio Lage até junto do antigo povo da Mulemba.
.Leste: Estrada de Ambriz a Nambuangongo, picada que segue para o antigo povo Uezo, até aos rios Onzeo e Quissama.
.Oeste: Limites este e norte da Fazenda Tabi, estrada Luanda ao Ambriz até ao aerodromo, estradas do Ambriz para Ambrizete e o Bembe.
.Sul: Ao rios Onzo e Quissama até ao limite Este da Fazenda Tabi.

b) Coutada pública do Mucosso / Kuando-Kubango
.Área: 25.000 Km2.
.Criada em 15-07-1959.
.Limites:
.Norte: Rios Chipuxi, Cucho, Lumunha, Luengue, Luiana até fronteira.
.Sul: Picada da fronteira até à foz do Rio Cuito.
.Oeste: Rio Cuito até à foz do rio Chipuxi.

.c) Coutada pública do Luiana / Kuando-Kubango.
.Área: 13.950 Km2.
.Criada em 15-07-1959.
.Limites:
.Norte: Rios Namomo, Cabembe, Cubia até à estrada Mavinga- Luiana.
.Leste: Estrada Mavinga-Luiana, rio Cuando até a fronteira.
.Sul: Linha de fronteira desde o rio Cuando até ao encontro da picada Luiana-Mucusso.
.Oeste: Picada Mucusso-Luiana, rios Luiana, Utembo, Matundo, Capemde ao rio Namomo.

d) Coutada pública do Luengue / Kuando-Kubango
.Área: 16.700 Km2.
.Criada em 15-07-1959.
.Limites:
.Norte: Linha recta que une os rios Longa e Cuito, nascente do rio Uamenha, rio Chocueca, linha recta que une esta confluência à nascente do rio Candombe.
.Leste: Rio candombe até ao rio Luiana.
.Sul: Rios Luengue, Lumuna, Cucho, Chipuxi até à foz.
.Oeste: Rios Cuito, Chipuxi até ao rio Longa.

e) Coutada pública de Longa-Mavinga / Kuando-Kubango
.Área: 28.750 Km2.
.Criada em 06-07-1960.
.Limites:
.Norte: Estrada Longa e Cuito Cuanavala, rumo ao sul até aos Cuma, Lomba, estrada Dina Mavinga, Rios Matundo até ao rio Capembe.
.Leste: Rios Matundo, Capembe, Luacundo, Utembo até ao rio Luiana.
.Sul: Rios Candombe Luiana Uamenha, Chocue, Longa e Cuito.
.Oeste: Rio Longa desde a sua confluência com o rio Cuito até à povoação do Longa.

Em qualquer dos Parques ou Reserva para além do  potencial turístico em  fauna, existe uma flora que tem um  valor no quadro do  equilíbrio do ecossistema, num  valor estético,  e tem  igualmente um enorme valor medicinal  que,  caso  fosse  bem  conhecido,  seria  certamente  motivo para um grande interesse turístico.

A actual situação de  todas áreas de  protecção da natureza do País, exige acções urgentes e enérgicas por forma a debelar a sua degradação e evitar que alguns casos só reste a recordação.

Importa  referir  que, a par do estabelecimento de medidas de protecção às espécies da fauna e da flora de determinadas  áreas deve  assegurar-se que medidas dirigidas à protecção da natureza sejam assumidas por  todo  o  território  nacional,  evitando  que  “ilhas  protegidas”  se  envolvam  cada vez mais por zonas de verdadeira agressão à natureza. Se  assim for, não tardará o dia em que as “ilhas” irão sucumbir ao avanço dos agressores.

As  áreas  protegidas  formam  um  sistema  que  interage  em certa medida, com o todo nacional e só uma política  ambiental  global poderá  em última instância defender aqueles espaços privilegiados da natureza.

No quadro de 1992  realizaram-se as Jornadas Nacionais de Reflexão sobre os Parques de Reservas, que avaliaram o estado actual dos mesmos e perspectivaram um conjunto de actividades.

A  preocupação de  iniciar  uma  recuperação  dos  Parques  e Reservas levou ainda o MINADER a concluir, com  a  ajuda  da   Comunidade   Europeia,  os   Projectos  de  Recuperação  e  Conservação  dos  Parques Nacionais  da  Quissama,  Bikuar,  Mupa,  Iona  e  Reserva  Parcial  do  Namibe. Os valores da recuperação destas  áreas estão  calculados acima  dos15  milhões  de  Euros.  Enquanto  não se iniciar a recuperação preconizada  pelos  projectos,  a  acção  tem  sido,  reinstalar  a  administração  e  a  guarda  dos   Parques, e  impedir que uma maior degradação torne mais difícil a recuperação.


PERSPECTIVAS DOTURISMO NOS PARQUES E RESERVAS DO PAÍS

O  nosso  projecto  na  política  de gestão dos Parques e Reservas é o de avançar o equilíbrio entre o pleno desfrute do visitante e a protecção do meio natural.

A nossa  preocupação  é  levar  para  o  interior  dos  Parques  e  Reservas  o  mínimo  de  impacto humano negativo e assim assegurar o melhor desenvolvimento dos ecossistemas.

Temos  defendido que  as infra-estruturas hoteleiras e outras de apoio ao turismo nos Parques e Reservas devem situar-se fora deles, talvez na sua periferia.

Há um exemplo do que dissemos, embora enferme do defeito de excessiva proximidade da área protegida. É  o caso do restaurante  Barra do Cuanza  na  outra  margem do rio Cuanza na faixa em que  este  delimita o Parque. Contudo,  logo após este exemplo, teremos outro que aliás não é caso isolado, no seu interior. O Parque,  vive  o  triste  dilema  entre  a  permanência  de  facto  enquanto  área protegida ou a sua imparável urbanização,  que  já  tem  níveis  consideráveis,  o  que  dificulta  por  vezes  o trabalho de protecção que se realiza na área.

A  movimentação  dentro  do  Parque  deve  proceder-se   seguindo   rotas   e   acompanhando   guias   para assegurar  uma  menor  perturbação  do  meio,  ao invés da penetração desordenada de pessoas, quantas vezes caçadores, ou simplesmente moradores.

A oportunidade continua  aberta e continuamos a convidar os empresários do turismo a juntar-se ao IDF na reabilitação e posterior exploração turística dos Parques e Reservas.

Em  toda  a  actividade  nos  Parques  e  Reservas  um  esforço  especial  deve  ser   realizado  por  forma  a incentivar  as  populações  que  neles  habitam  a  enquadrarem-se  na  guarda,  a  servirem  o  turismo  e a realizar  actividades que não atentar a integridade dos ecossistemas, mas que contribuam para a melhoria de  condição  sócio-económica das populações. É uma forma de integrar as populações na vida das áreas reservadas e torná-las as principais interessadas.

A maior parte das áreas protegidas sofreu o impacto da guerra e em alguns casos é quase verdade que se tratam já de áreas desprotegidas.

Assim  sendo,  com  a  paz ,  em  muitos  casos  devemos  começar  por  reflectir  bem  se  importa  abri-las de imediato ao turismo ou proceder a trabalhos na seu ordenamento, delimitações e recuperação ou ainda terminar o seu estatuto de áreas protegidas.

Para  além  dos  Parques  que referimos, existe um conjunto de espaços em  todas as províncias do nosso país,  que  pelo  seu  valor  estético.  Costuma  aceitar-se  a   proposta   de   alguém   que   os   chamou   de monumentos  naturais.  São os  casos das  pedras  de  Pungo  Andongo, do Alto Hama, do Monte Belo, das Quedas de Kalandula, do Talo Mungongo, da Pedra do Ebo, etc.

Pelo  interesse,  técnico-científico,  económico,  cultural  e  pelo  potencial  genético  guardado  nos Parques e Reservas, no fomento do ecoturismo nos Parques e Reservas deve ser defendida uma política de defesa destes valores procurando adequar a natureza dos vários espaços ao tipo de programas de turismo.


NECESSIDADE DE COMBATER O EGOTURISMO

Para  que  se  obtenha  a  harmonia necessária e para que a floresça o ecoturismo é urgente combatermos no nosso país o já crescente egoturismo.

O  egoturismo,  ao  invés  do  ecoturismo  não  tem  o  objectivo de preservar o ambiente, mas sim o desejo egoísta  da  satisfação  e  recreação  estreitas  que,  não  respeitando  as  leis da natureza, os princípios do civismo e da convivência, procura alterar negativamente o meio.

Exemplos  tristes  de  egoturismo  acontecem  nas  praias  do  país,  com  particular  relevo  para  as  praias de  Luanda:  nos  Parques  e  Reservas  principalmente  os  da  kissama.   Iona  e   Bicuar;   nos   polígonos florestais como é o caso do da Ilha de Luanda, nos espaços verdes das cidades, etc.

A  maior  obra  que  nós  devemos  obrigar  é  a  educação  ambiental, uma arma superior a qualquer forma de  policiamento  em favor do egoturismo. Tal educação tornará possível que a determinação dos cidadãos comuns proteja o ambiente.

O  ambiente  tem uma importância tão grande que não pode ser entregue apenas aos peritos, aos políticos dos governos ou não.

É  um  assunto  de  todos  e uma responsabilidad e de todos. O desafio é de todos porque é o nosso futuro comum que está em causa.

Entende-se ser importante  melhorars  a  legislação, a  regulamentação, o  quadro jurídico do ambiente em Angola.  Mas, mais do que tudo isso é importante que desde a base haja iniciativas para criar um ambiente melhor: seja na limpeza das  praias, das bermas das nossas estradas, na construção do jardim da escola, na criação de mais verde, etc., etc.
































































































































































































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